Bem-vindo de volta ao NatureHub - Catalisando uma comunidade na interseção entre as soluções baseadas na natureza (SBN), investimentos, e inovação digital 🍃 🤖
Já estruturamos mais de 400 organizações SBN em uma cadeia de valor que possui 12 segmentos, hoje apresentamos o oitavo segmento - Comunicação 🧩
Neste post vamos apresentar:
Quem representa este segmento da cadeia de valor das SBN?
Quais são as principais conclusões sobre esse segmento no banco de dados?
Visão da especialista - Um papo rápido com Rhett Ayers Butler, CEO @ Mongabay
Recomendamos que você acesse esse link e preencha o formulário de inscrição gratuita do banco de dados NatureHub para complementar a leitura abaixo 🌐
1. Quem representa este segmento da cadeia de valor das SBN?
O segmento de comunicação representa as partes que oferecem aos produtores das SBN e os participantes do mercado acesso a oportunidades de educação, networking e outras formas de obtenção de conhecimento e informação. Esses serviços agregam valor tanto para os recém-chegados as SBN quanto para os especialistas experientes, publicando informações sobre tendências de mercado, oportunidades emergentes e eventos comunitários.
No nosso mapeamento, esse segmento foi posicionado dentro da vertical de Aliados do Setor, representando atividades mais upstream da cadeia de valor. A crença é que as informações publicadas ajude os produtores das SBN a acessar informações que podem influenciar melhores formas de implementação de projetos, como o reflorestamento. Por exemplo, a Amazon Investor Coalition organiza eventos de networking que reúnem investidores de SBN e também projetos de SBN, promovendo um ambiente que facilita o desenvolvimento de negócios no ecossistema. Paralelamente, os serviços educacionais das SBN, como a Hectar, oferecem cursos que treinam uma nova geração sobre como entrar no espaço da SBN e implementar novos projetos.
A indústria de de comunicação também está começando a receber publicações voltadas para a sustentabilidade que compartilham notícias mais adaptadas ao mercado de SBN. O tema ESG existe há décadas e, em alguns casos, causou cansaço entre os observadores do mercado, que se esforçam para filtrar o ruído e identificar oportunidades reais de negócios ou outros motivos para se envolver com o setor. Nos últimos anos, publicações como a Um So Planeta (parte da Globo) e a Capital Reset estão enfrentando esse desafio lançando novas plataformas. Ambas as editoras são gerenciadas por jornalistas experientes do setor, com formação em jornalismo tradicional. Isso é valioso porque atualizações importantes sobre ESG são compartilhadas com linguagem e narrativas que repercutem no público em geral.
Em resumo, o segmento de comunicação é importante devido à sua relevância para as partes interessadas (novas e existentes) que buscam conhecimento e oportunidades de networking no espaço das SBNs. Ele é fundamental para garantir que o espaço das SBN seja ampliado e amadureça com eficiência e integridade.
Fonte: Nova Mata - um mapa de projetos de restauração ecológica no Brasil
2. Quais são as principais conclusões sobre esse segmento no banco de dados?
Hoje adicionaremos 30 novas organizações ao banco de dados, representando o segmento Comunicação (você pode acessar aqui).
Esse segmento representa 6.8% do banco de dados completo (400+ organizações) que a gente vai compartilhar durante as próximas semanas.
Alguns destaques que encontramos:
43% das organizações desse segmento estão sediadas no Brasil, incluindo jornais e veículos locais que comunicam o conteúdo das SBN
57% das organizações desse segmento representam comunidades de agricultores e outras partes interessadas das SBN, oferecendo também um mapeamento útil de projetos em todo o Brasil
10% das organizações são serviços de treinamento ou educação agrícola que capacitam profissionais com conhecimento sobre SBN
Exemplos de organizações brasileiras nesse segmento incluem: Nova Mata, Conexsus, Um So Planeta, Capital Reset, Sumauma, Agroadvance, Central Florestal, Florestas Online
3. Visão de especialista - Um papo rápido com Rhett Ayars Butler, CEO @ Mongabay
i) Qual é seu papel e experiência no mundo das SBN?
A Mongabay é uma organização jornalística sem fins lucrativos que cobre questões na interseção entre as pessoas e a natureza, com ênfase nas regiões de maior biodiversidade do mundo. Nesse sentido, fazemos reportagens regulares sobre soluções baseadas na natureza em todo o mundo. Essa cobertura varia de perfis de projetos a reportagens cotidianas de notícias de última hora e investigações aprofundadas sobre a "fake news” e "green-washing” no espaço. Também desenvolvemos algumas ferramentas de responsabilidade e transparência sobre soluções baseadas na natureza, incluindo um banco de dados incipiente de projetos de plantio de árvores (reforestation.app).
ii) Como você descreveria a proposta de valor do Mongabay para alguém que é novo na indústria?
A Mongabay ocupa, sem dúvida, um nicho único nesse espaço devido ao nosso foco nos trópicos e não em um único país, à nossa rede de jornalistas colaboradores locais (cerca de 1.000 em aproximadamente 80 países), à nossa publicação em vários idiomas e ao fato de nosso conteúdo ser de acesso aberto e gratuito. Há quase 20 anos, fazemos reportagens sobre o setor de conservação, onde muitas soluções baseadas na natureza têm suas raízes, e temos um grande acervo de histórias relevantes.
iii) Quais são os números ou insights de mercado que te animam no espaço das SBN?
Não tenho números sobre as soluções baseadas na natureza, mas posso dizer com certeza que o interesse nesse espaço é atualmente o mais alto que já vi desde que comecei a trabalhar com a Mongabay em 1999. Acredito que essa ampla gama de interesse provavelmente também se traduz em um maior investimento.
iv) Quais são as principais dificuldades ou gargalos que, se resolvidos, podem e têm contribuído para o crescimento das SBN?
O acesso a dados relevantes e confiáveis é fundamental para o sucesso desse espaço. O ritmo de melhoria nessa frente é muito encorajador, especialmente em relação à contabilidade de medição de emissões de carbono, mas ainda há algumas lacunas significativas, como o monitoramento da biodiversidade. O aprimoramento do monitoramento ajudará a combater parte do "green-washing” desenfreado no espaço (por exemplo, atores que deturpam suas atividades como se estivessem reduzindo as emissões ou a perda de biodiversidade quando, na verdade, não estão). Outro grande desafio é a distribuição de benefícios. No espaço da conservação, essa é uma questão bem conhecida: As entidades no topo do funil tendem a capturar a maior parte dos benefícios financeiros, enquanto as pessoas que fazem o trabalho real de proteção das florestas e dos ecossistemas recebem pouco. Esse modelo significa que há poucos incentivos para que a população local se envolva com o sistema. Isso pode alienar as comunidades.
v) O que você diria para a comunidade NatureHub Brasil?
Como a comunidade do NatureHub Brasil está bem ciente, o espaço de soluções baseadas na natureza tem um vasto potencial para nos ajudar a enfrentar os vários desafios planetários que enfrentamos coletivamente. É imperativo que acertemos os detalhes para garantir que o setor cumpra sua promessa. Portanto, seu interesse em aprender e se envolver com soluções baseadas na natureza é uma contribuição importante para promover o progresso nesse espaço.
Esperamos que tenham gostado o novo segmento, na próxima semana continuamos a jornada pela cadeia de valor das SBN!
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